Por Otavio Brissant
No dia 4 de abril, junto ao Conselho de Conselheiros do Presidente em Ciência e Tecnologia, o Presidente Biden disse que a IA pode ajudar a lidar com alguns desafios muito difíceis como doenças e mudanças climáticas, mas também há que se enfrentar os riscos potenciais para a sociedade, economia e segurança nacional.
Os comentários de Biden vieram quase uma semana depois que uma carta aberta – assinada por Elon Musk, Steve Wozniak e outros – propôs uma “pausa” de seis meses sobre o desenvolvimento da IA em larga escala. A carta foi enviada por uma organização focada no risco x (um apelido para o “risco existencial”) chamada Instituto do Futuro da Vida.
Embora Biden não tenha feito alusão à carta, ele mencionou o Projeto da Casa Branca para uma Carta de Direitos AI. Nesse sentido, Biden falou que em outubro do ano passado foi proposta uma carta de direitos para garantir que importantes proteções sejam incorporadas nos sistemas de IA desde a sua concepção.
O presidente dos Estados Unidos falou que estava aguardando a discussão que iria haver naquela data sobre a garantia da inovação responsável, assim como dos guardrails apropriados para proteger os direitos e a segurança dos Estados Unidos, o direito de privacidade, e para abordar o viés e a desinformação que também são possíveis quando se está falando de AI.
Acrescentou, ainda, que as empresas de tecnologias têm a responsabilidade de garantir que seus produtos sejam seguros antes de torná-los públicos.
Binden prosseguiu reiterando os comentários que fez no discurso do Estado da União ao Congresso, no qual instou a legislação de privacidade bipartidária, a qual deveria impor limites rígidos aos dados pessoais que as empresas tecnológicas coletam dos cidadãos, proibir a publicidade dirigida às crianças e exigir que as empresas coloquem a saúde e a segurança em primeiro lugar quando da criação de produtos com AI.